Quarup é mais um grande clássico da literatura que tentei ler durante este ano cheio de descobertas literárias. Influenciado pelos elogios a este livro de Antônio Callado, peguei-o na biblioteca da escola onde trabalho para verificar se realmente era isso tudo que os outros falam. Mais uma vez me dei mal em cair na propaganda da “alta literatura”. Pode-se argumentar que Quarup é sofisticado, a escrita de Antônio Callado é fina e muito bem trabalhada e que o tema histórico explorado é bastante interessante. Não me oponho a nenhuma das defesas expostas acima, mas... precisava ser tão chato?
A trama do livro se inicia no final do governo Vargas, pouco antes de seu suicídio, e se estende até a ditadura militar. O personagem principal é Nando, um jovem padre pernambucano que sonha em construir uma sociedade indígena baseada nas missões jesuíticas do século XVIII no interior do país, mas com o passar do tempo suas vivências e o contato com a sociedade da capital lhe desiludem e ele vai largando seus ideais e se torna um novo homem.
O pano de fundo não é original (um padre que larga a batina, essa é velha), mas a ligação com a história do Brasil é bem feita e a forma de escrever de Callado é muito bonita, mas teria um efeito mais positivo se o tamanho da história fosse menor. O autor enrola muito, tornando bem difícil a leitura das 601 páginas desta obra clássica. Em alguns trechos, com a boa intenção de passar ao leitor o caos e a velocidade do pensamento dos personagens, o autor alarga um mesmo parágrafo em até cinco páginas! Boa idéia de Antônio Callado, só falta agora algum outro escritor aprimorá-la para não encher tanto o saco de seus leitores. Nem as tantas passagens de sexo e drogas (ainda não tinha rock´n´roll naquela época) são suficientes para amenizar a exaustão mental causada por esta leitura.
Não agüentei ler todo o livro, cheguei até a metade com a sensação de que as coisas não aconteciam e eu estava perdendo meu tempo de outras boas leituras. Minha curiosidade em saber como terminava a história não foi maior que meu tédio, mas graças à uma pesquisa rápida na internet pude dar um ponto final a esta questão e agora tenho uma certeza: Antônio Callado nunca mais!
A trama do livro se inicia no final do governo Vargas, pouco antes de seu suicídio, e se estende até a ditadura militar. O personagem principal é Nando, um jovem padre pernambucano que sonha em construir uma sociedade indígena baseada nas missões jesuíticas do século XVIII no interior do país, mas com o passar do tempo suas vivências e o contato com a sociedade da capital lhe desiludem e ele vai largando seus ideais e se torna um novo homem.
O pano de fundo não é original (um padre que larga a batina, essa é velha), mas a ligação com a história do Brasil é bem feita e a forma de escrever de Callado é muito bonita, mas teria um efeito mais positivo se o tamanho da história fosse menor. O autor enrola muito, tornando bem difícil a leitura das 601 páginas desta obra clássica. Em alguns trechos, com a boa intenção de passar ao leitor o caos e a velocidade do pensamento dos personagens, o autor alarga um mesmo parágrafo em até cinco páginas! Boa idéia de Antônio Callado, só falta agora algum outro escritor aprimorá-la para não encher tanto o saco de seus leitores. Nem as tantas passagens de sexo e drogas (ainda não tinha rock´n´roll naquela época) são suficientes para amenizar a exaustão mental causada por esta leitura.
Não agüentei ler todo o livro, cheguei até a metade com a sensação de que as coisas não aconteciam e eu estava perdendo meu tempo de outras boas leituras. Minha curiosidade em saber como terminava a história não foi maior que meu tédio, mas graças à uma pesquisa rápida na internet pude dar um ponto final a esta questão e agora tenho uma certeza: Antônio Callado nunca mais!
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 601 (se você agüentar até o final)
Disponibilidade: normal
Avaliação: * *
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